30 março 2007


























Sufocado

Não suporto mais você
Que tira minhas noites de sono
_Dizem que sem você eu não vivo
_ Mas prosseguir com você, impossível
Não quero algemar minhas asas
Mas voar no horizonte sem limites
_ Não quero amar agora
_Me deixe só, vá embora
Quando eu estiver maduro
E você desmascarado
Nos veremos novamente
_E então seremos um
_Você, amor; eu, amante.

5 comentários:

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  2. "Não quero algemar minhas asas
    Mas voar no horizonte sem limites"



    Voe sabendo o preço da liberdade.

    Sobre um passarinho que vivia engaiolado e um dia encontrou a porta da gaiola aberta:


    "Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre!


    Saiu.
    Voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo.
    Puxa! Como era alto.
    Sentiu um pouco de tontura.
    Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho. Teve medo de cair. Agachou-se no galho, para ter mais firmeza. Viu uma outra árvore mais distante. Teve vontade de ir até lá. Perguntou-se se suas asas agüentariam. Elas não estavam acostumadas.

    O melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firmemente ainda. Neste momento um insetinho passou voando bem na frente do seu bico. Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho não era bobo. Sumiu mostrando a língua.


    – Ei, você! – era uma passarinha. – Vamos voar juntos até o quintal do vizinho. Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Apenas é preciso prestar atenção no gato, que anda por lá... Só o nome gato lhe deu um arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha procurou outro companheiro.

    Ele preferiu ficar com fome.

    Chegou o fim da tarde e, com ele a tristeza do crepúsculo. A noite se aproximava.

    Onde iria dormir?

    Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele.

    Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção. Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? E era preciso não esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com seus estilingues, no dia seguinte.


    Tremeu de medo.

    Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada.

    Somente podem gozar a liberdade aqueles que têm coragem.


    Ele não tinha.
    Teve saudades da gaiola.
    Voltou.
    Felizmente a porta ainda estava aberta.

    Neste momento chegou o dono. Vendo a porta aberta disse:

    – Passarinho bobo. Não viu que a porta estava aberta. Deve estar meio cego. Pois passarinho de verdade não fica em gaiola. Gosta mesmo é de voar..."

    (Teologia do Cotidiano - Rubem Alves)

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  4. Puuutzzz!!!

    isso foi um comentário ou um novo post?

    Essa tal de Jacky, sei não viu!

    =P

    huauauh

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  5. A solidão as vezes se torna a nossa melhor companhia.
    ViVa a ViDa!!!

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