27 março 2007



Seca

É a vida que não passa
por essa janela fechada.
O tédio me acompanha
nessa jornada sem fim
que um dia acaba.
Na mente, mil palavras,
na boca, só saliva.
Cuspo, bocejo, grito,
mas falar não... não falo.
O vento leva a vontade de viver.
O tempo pára. Não pára.
Não sei o que acontece.
Mudanças sempre iguais
que nunca chegam.
A vida é sempre a mesma.
Agora não é mais.
A luz faz sombra,
a sombra que não muda.
Mas eu mudei e agora
sou o mesmo de antes.
Aquele que nunca fui.
Aquele que nunca serei.
Apenas eu.

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